Um dos fenômenos muito especiais da maternidade é o deslocamento do eixo de preocupações de uma fêmea: a vida orientada pra tuas próprias necessidades passa a se concentrar bem como no cuidado e bem-estar de seus filhos. A meio ambiente fornece uma forcinha para que esse projeto de tomar conta da cria seja bem sucedido, já que as mudanças hormonais características da gravidez, parto e lactação, permitem com que o cérebro das mães seja “turbinado” nessas fases. O cérebro materno é por definição um modelo espetacular do fenômeno de neuroplasticidade, que é a perícia do cérebro em elaborar outras conexões em resposta a um estímulo.
A maior quantidade das evidências de incremento de funções cerebrais com a maternidade tem origem em estudos com mamíferos inferiores, essencialmente os roedores. Pesquisas apontam que não apenas as modificações hormonais, porém assim como o lugar cheio de estímulos associados à maternidade (ex: múltiplas recentes tarefas, sons, cheiros) têm um papel significativo nesse upgrade cerebral das mães. A maioria dos mamíferos compartilha instintos maternais de defender seu ninho e tua cria. Ao ter que optar entre sexo, drogas, alimento, ou seu ratinho recém-nascido, mamães ratas executam a seleção pelos seus ratinhos.
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O cuidado com os filhotes ativa nas mães centros cerebrais de recompensa ligados ao alegria, mesmo no caso de filhotes adotivos, e essa também é uma forma de esclarecer as raízes do altruísmo. Esse fenômeno também foi demonstrado entre as mães humanas ao ouvir o choro dos filhos, ou simplesmente ao enxergar pra eles. Em ratinhas, temos evidências de que a maternidade provoca acrescento do volume dos neurônios e mais conexões em muitas regiões cerebrais. Mais há pouco tempo, vem sendo demonstrado assim como o fenômeno de formação de novos neurônios. Essas mamães passam a expor melhor funcionamento em direção espacial e memória, ficam mais corajosas e rápidas para capturar a presa, e com menos sinais de tristeza em circunstâncias de estresse.
Tudo em prol de uma superior experiência de alimentar as crias. Não é à toa que Artemis é ao mesmo tempo a deusa grega do parto e da caça. E com os pais? As pesquisas são menos diversos do que com as mães, porém bem como mostram que em tão alto grau primatas como roedores apresentam transformações cerebrais com a paternidade: aumento de conexões, melhor perícia espacial e menos sinais de tristeza.
É possível que a neurobiologia da maternidade humana não seja tão desigual daquilo que já foi demonstrado em mamíferos inferiores, visto que a maior quantidade do código genético dos humanos é idêntica à dos ratinhos ou dos primatas. Não duvido que as mães modernas com tuas rotinas de malabaristas apresentem adaptações cerebrais associadas à maternidade muito mais robustas do que das ratinhas, pelo motivo de são submetidas a um grau de estimulação ambiental como nenhuma outra espécie.
E também cuidar da cria e de tua própria sobrevivência, freqüentemente protagonizam inúmeros outros papéis simultâneos (esposa, amante, conselheira, provedora, profissional consumada ou em procura de promoção, dona-de-moradia, etc.). É estímulo pra ceder, vender e jogar fora. Ricardo Teixeira é Doutor em Neurologia na Unicamp. Atualmente, dirige o Instituto do Cérebro de Brasília (ICB) e dedica-se ao jornalismo científico.